Póesia - Inquérito


[Verso 1]

Meu vulgo é Renam, meu nome é Inquérito
E eu vou ligando os morro, pique um teleférico
Batidão estérico, sente o stereo, não é mono
É bem pesadão tipo Rei Momo
É, tem que lutar, suar o quimono
E se g... ga... ga... gaguejar direto pra fono
A única esperança que nóiz podia ter
Votar no Pt ou pegar na Pt
Até que o canto falado africano
Ganhou o toca disco, microfone e ficou urbano
E deu voz pra mais de'um milhão de mano
Entramo, fomo salvos e aqui estamos
São quatro elementos! Não é formação de quadrilha
(Hã) É o Hip-Hop doutor, minha família
Aí, moleque esquecido na quebrada
Eu sou mais você que a Ana Maria Braga

[Refrão]
Muita fé, muita luz na caminhada
Cada um por si não vai dar em nada
Menos ódio, mais amor nessa estrada
(A minha alma ta armada...)


[Verso 2]
Uns vem de carro, outros vem de bike, nóiz vem de pó
Pó... esia e só
Nos livro, nos disco, nos pino, no papel
Transformei um grupo de Rap num cartel
Era tudo que eu tinha e essa foi minha cota
Fazer folha de caderno valer mais do que folha de coca
É tanta letra horrível que os cara tem feito
Nem caderno de caligrafia dá jeito
Não sou nazista não, só que aqui é ação
Faça o palco virar campo de concentração
E tenho mó ciúme disso, não abro mão
Possessivo! Tipo Sarney com Maranhão
Agressivo! Mais que policial de plantão
Só um aviso: se Elvis não morreu, nóiz também não
O Funk pode até ser a trilha das quebrada
Só que o Rap é muito mais que trilha, é estrada



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