A tirinha da Mafalda retrata uma
cena corriqueira em nossa sociedade, a professora ensinando os alunos a ler com
aquele velho modelo educacional com frases feitas e sem nada a acrescentar na
formação intelectual dos estudantes ‘minha mãe me mima’ e ‘minha mãe me ama’, e
os alunos em seus lugares só ouvindo passivamente o que a professora tem a
dizer. Tudo perfeito, até que no segundo quadro Mafalda sai do seu lugar de
aluna se dirige à professora e diz ironizando o modelo educacional vigente
‘Parabéns, professora. Pelo visto sua mãe é ótima’ ‘Agora, por favor. Ensine
pra gente coisas realmente importantes’. Quino surpreende as expectativas
usuais do modo como os alunos devem atuar dentro da escola, algo ocorre e
quebra esse paradigma. Como se vê, Mafalda não está satisfeita com o modo
educacional. Ela não é um sujeito passivo, e sim alguém que expõe suas idéias,
argumenta e discorda com o velho método. Ela quer aprender coisas realmente
importantes e não coisas fúteis. Alinha-se como de igual para igual, contesta e
deixa a professora sem resposta.
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